sexta-feira, 8 de abril de 2011

Bicentenária Caetité



Bicentenária Caetité – Terra Mãe do Sudoeste da Bahia é o título do documentário iconográfico sobre os dois séculos de emancipada da cidade de Caetité.

Fruto do trabalho de pesquisa e coleção de imagens dos irmãos Adalfo e Adailton Carvalho (leia-se: Fotus K) que, com o apoio institucional da INB, foi lançado oficialmente no dia 7 de abril de 2011.

O evento simples mas solene, teve lugar no auditório da Casa Anísio Teixeira. Presentes o Prefeito e a Vice-Prefeita, o Gerente da Unidade de Caetité, dr. Hilton Mantovani que, como muitos caetiteenses de eleição – aqueles que elegeram nossa terra por morada – revelou seu amor pela cidade e a satisfação por fazer parte desse projeto, que irá ser distribuído para as entidades educacionais e culturais da cidade.

O Adalfo, inicialmente emocionado com o momento, surpreendeu-nos com um dos primeiros exemplares do DVD desse filme, ele que enveredou pela carreira de cineasta/diretor.

Esta foi mais uma das grandes ocasiões em que ficamos satisfeitos por pertencer a Caetité – e fazer parte de sua história... Tivemos ocasião de emprestar um pequeno apoio ao trabalho do Adalfo, e sei que muita informação veio ali graças a nossas pesquisas ao longo dos anos: coisas como “descobrir” que de Caetité se originaram nada menos do que 47 cidades, ou no divulgar imagens de alguns dos nossos filhos ilustres...

Uma história construída ao longo de 201 anos – pois que dia 5 de abril foi aniversário da cidade – é algo que ainda nos reserva segredos por serem descobertos – alguns deles guardados a sete chaves; outros apenas esperando para vir a lume com o devido brilho...

Mas uma surpresa me ocorreu, não exatamente ali, naquela noite. Foi um fato corriqueiro, em que eu conversava com um grande amigo de meu cunhado e resolvi sondar-lhe: você sabe quem foi Fulano de Tal? – e perguntei por seu bisavô, líder político num de nossos mais antigos distritos: “Era o padrinho de Papai” – ele respondeu; e Beltrano? “Era o avô de Mamãe, tinha a fazenda em tal lugar”. Trocamos informações, eu gratamente surpreso por encontrar alguém que não perdia suas raízes, mesmo estando tão distantes no tempo. Então, perguntei-lhe: você tem fotos dele? Não, não tinha... Fiquei de mandá-las, depois.

Na fala de Hilton Mantovani, como na daquele caetiteense “de longa estirpe” que encontrara dias antes, pude vislumbrar que podemos ter esperanças de que o passado de nossa cidade não venha a se perder no esquecimento (ou nas sombrias obras acadêmicas que, olhando os registros cartoriais, não sabem nada das pessoas que eram aqueles nomes).

Caetiteenses “de fora”, como foi minha mãe, são o “sangue novo” de que nossa terra precisa. Eles, sem dúvida, sabem “olhar” para aquilo que aqui encontram e, muitas vezes admirados, acabam sendo os responsáveis pela preservação da própria História.
Porque Caetité não é apenas a terra natal de muita gente ilustre, ou de anônimos que, daqui saindo, produziram descendentes que se destacaram... Caetité é simplesmente a terra natal de tantas cidades que, hoje, compreendem um território maior que muitos países.

De Vitória da Conquista – a primeira emancipada daqui, em 1840 – a Lagoa Real – a última, em 1989 – Caetité mantém esse papel de Terra Mãe, que o documentário Bicentenária Caetité tão bem soube retratar, de forma rápida, não enfadonha e muito bem ilustrada.

E, voltando ao lançamento do filme, fica o convite aos que não o viram, ainda, para visitarem a Casa INB, na Praça da Catedral, e assisti-lo. Vale a pena, tanto quanto vale a pena ser caetiteense. Não importa onde se tenha nascido.

Um comentário:

Humberto Pimentel disse...

Bravo André,

Estou aqui de longe mas sempre admirando seu trabalho e suas preciosas dicas sobre a nossa Caetité.
Gostei muito do seu texto e estou curioso para ver este documentário. Como poderia conseguir (adquirir) uma cópia?

Grande abraço,

Humberto